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Crise do metanol: produtores de eventos reforçam medidas para garantir a confiança do público

Mortes por intoxicação reacendem debate sobre rastreabilidade de bebidas em festas e festivais em todo o Brasil

A crise provocada pela circulação de bebidas contaminadas por metanol já contabiliza no Brasil 217 casos notificados de intoxicação, de acordo com informações do Ministério da Saúde em boletim publicado esta semana. A tragédia provocou um alerta imediato também nos bastidores da indústria do entretenimento. Produtores de eventos de médio e grande porte passaram a revisar protocolos, reforçar comunicados preventivos e estabelecer novos critérios de curadoria e fiscalização para garantir a segurança dos participantes.

Com milhares de pessoas circulando semanalmente por festivais e festas em todo o país, a origem e a certificação das bebidas servidas se tornam, mais do que nunca, elementos centrais para a operação — tanto do ponto de vista jurídico quanto da confiança do público.

“Infelizmente, quando acontece uma tragédia como essa, todo o setor é impactado. A responsabilidade é enorme e, no nosso caso, a rastreabilidade das bebidas é tão rigorosa quanto a contratação de um artista”, afirma Patrik Cornelsen, diretor da produtora Planeta Brasil Entretenimento, que soma 40 anos de mercado e realiza, em média, mais de 10 eventos anuais em Curitiba, entre festivais de grande porte, festas temáticas e ações proprietárias com venda direta e operação de bar fixo.

“Trabalhamos apenas com marcas homologadas, exigimos nota fiscal de cada item e atuamos com distribuidores que garantem a procedência direta da indústria, sem intermediação de atacadistas. Toda a armazenagem dos fornecedores é feita sob condições controladas e com rastreabilidade por lote, o que nos dá a tranquilidade de operar com segurança e responsabilidade”, completa.

Além dos cuidados com fornecedores e contratos, muitos eventos estão reforçando sua comunicação com o público por meio de redes sociais, cartazes informativos em bares e briefings internos com equipes de atendimento, com foco em orientar sobre os perigos de bebidas de origem duvidosa.

“É um momento de responsabilidade coletiva. Precisamos lembrar que o entretenimento é também um espaço de confiança — e essa confiança se constrói em cada detalhe que o público nem sempre vê, mas sente no ambiente seguro que entregamos”, finaliza Cornelsen.

A agenda de eventos segue normalmente nas principais capitais, mas a atenção redobrada entre produtores, marcas e fornecedores deve pautar os próximos meses, especialmente com a chegada do verão e o crescimento do número de festas open bar e festivais em todo o Brasil.

Créditos: Dilvugação / Imprensa

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